terça-feira, 2 de junho de 2015

Ah! Pudesse


Cose-me o ser
um tédio incontrolável
sob os tons monocórdios
do discurso.

Queria caracol tornar-me agora,
e sob um caramujo
proteger-me
de asnices e vazios.

Ah! as horas inúteis!
Pudesse povoá-las de verdades
despidas de arrogância!

Pudesse transformá-las
num canteiro
    de rosas e açucenas!

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