sábado, 21 de fevereiro de 2015

MARIA DINORAH LUZ DO PRADO: Prazer em (re)conhecer.


Professora por formação, jornalista por carisma, contadora de histórias, ativista cultural e escritora, Maria Dinorah Luz do Prado foi uma das primeiras figuras a pensar a literatura infantil e infanto-juvenil no Rio Grande do Sul e a se dedicar tanto à criação artística quanto à aproximação dos autores aos leitores e às escolas. Nascida em Porto Alegre, em 13 de maio de 1925, filha de Antônio Luz e Adylles Dinorah Britto Luz, aos três anos de idade Maria Dinorah muda-se para Colônia de São Pedro, próxima a Torres. Em 1931, a família se estabelece na cidade de Torres (RS), onde ela passa sua juventude, voltando à região metropolitana apenas em 1938, agora na cidade de Gravataí. Casa-se com Luiz Bastos do Prado em 1943 e com ele tem seus quatro filhos. Fica viúva em 1963 e se estabelece em Porto Alegre em 1964.
Alfabetizadora logo no início de sua vida profissional, Maria Dinorah costumava dizer que tal experiência a encheu de encanto e alegria e, possivelmente, direcionou sua carreira. Formou-se em Letras pela Faculdade Porto-Alegrense de Filosofia, Ciências e Letras em 1967. Trabalhou como professora de Português e alfabetizadora de 1965 até o ano de 1989, na Escola Diogo de Souza, em Porto Alegre, e na Escola Agrícola de Cachoeirinha, sendo também Coordenadora do Setor de Promoções Culturais da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul na mesma época. Em 1970 realizou o curso de Pós-Graduação em Literatura de Língua Portuguesa na UFRGS. Obteve o grau de Mestre em Literatura de Língua Portuguesa pela mesma universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1978, aprofundando assim seus conhecimentos em Literatura Infantil com a dissertação A literatura infantil de Erico Verissimo, orientada pelo professor Guilhermino Cesar. Nos anos de 1988 e 1989 foi organizadora e apresentadora do Programa Viva o Livro, da rádio Feplan/RBS, em que comentava a produção da Literatura Infantil no País.
A produção literária de Maria Dinorah se inicia em Alvorecer (1944) e acontece, de forma esporádica, em mais duas obras: No tempo e na vida (1952) e Seara de Luz (1962). Depois de 1970, tem-se a impressão de que a autora atendeu a uma urgência íntima e publicou, em intervalos de tempo bastante curtos, mais de cem títulos até a virada do século XX. A maioria de seus livros é de poesias e de Literatura Infantil e Infanto-Juvenil, mas Maria Dinorah flertou também com os paradidáticos, como em Educando para o trânsito (1971) e O trânsito vai à bicholândia (1971), e com a crítica literária em O livro infantil e a formação do leitor (1995) e O livro na sala de aula: uma alternativa em educação e leitura (1987), tendo deixado um belíssimo relato de sua experiência didática em Guardados de afeto: repensando a alfabetização (1990). Compromissada com a tradição, Maria Dinorah não se mostrava afeita a experimentalismos de vanguarda em seus textos. Sua obra é povoada de lirismo, delicadeza, humanidade:
Dona Maricota deitou uma galinha choca com uma dúzia de ovos.
Chegado o tempo, os ovos estalaram e começou a saltar pintinho de tudo o que era cor. Foi uma festa no galinheiro!
Mãe-galinha estava feliz com tantos filhotes bonitos para cuidar.
Uns eram branquinhos como neve. Outros, amarelinhos como o sol. Outros pardos, cor das folhas secas da bananeira. Havia ainda um pescocinho pelado e um pretinho como pixe.
(MARIA DINORAH, 1973:06)
No ano em que Maria Dinorah publicou Alvorecer, publicou também seu primeiro artigo jornalístico em um periódico na cidade de São Leopoldo (RS). A partir desse, escreveria como colaboradora para o Correio do Povo, Folha da Tarde, Diário de Notícias e Jornal do Comércio. Nesse era responsável pela célebre Com Mercinho, página do jornal dirigida ao público infantil.
Leitora contumaz, Maria Dinorah teve sua obra bastante influenciada pela leitura dos textos do poeta português Antônio Nobre, em cujas obras buscou inspiração e com quem aprendeu a “sonetar”. Entre suas demais e importantes influências estão Mário Quintana, amigo de frequente contato, Cecília Meireles, de quem se considerava grande amiga, e Erico Verissimo, por quem tinha grande admiração.
Sua produção está situada, por sua recepção e pela história literária sul-rio-grandense, entre as publicações de literatura infantil de maior êxito junto ao público, em especial, o escolar, tendo sido, talvez até hoje, a autora gaúcha mais produtiva e mais lida nesta área. O destaque de sua obra é a ludicidade. Ricos em sonoridade e com linguagem apurada, os textos de Maria Dinorah exploram e reverberam o universo infantil de forma emotiva e verdadeira. Sobre isso João Carlos Tiburski afirma:
Não importa que sua literatura não tenha os experimentalismos das vanguardas. Ela tem o lirismo, a humanidade, a delicadeza e o profundo amor de alguém que procura o outro, o leitor, para se comunicar, para lhe dizer alguma coisa, pra dialogar com as estrelas, com as flores, com os bichos, com a sensibilidade humana.
(Rio Grande do Sul - SEC, 2002:23)
E um excerto da obra Chapéu de vento, comprova:
Menino, carrega o vento
nas abas do teu chapéu.
Serás, no chão, cata-vento,
e uma pandorga no céu.
(MARIA DINORAH, 1989: 05)
Alguns fragmentos do discurso proferido por Carlos Nejar em 27 de outubro de 1989, na XXXV Feira do Livro de Porto Alegre, ocasião em que Maria Dinorah foi homenageada com o patronato do evento, podem dar uma dimensão da pessoa e da obra de escritora gaúcha:
Maria Dinorah nunca deixou de ser mestra, ligada a várias gerações do Rio Grande. Mestra que vê a linguagem como fonte pura de imaginação libertadora. 
Sim, Dinorah vê as coisas com os olhos das crianças. Isto é, como os olhos de poesia, intentando aprofundar o drama da solidão humana, sem perder o favo da alegria de estar viva. (...)
Dinorah convive com o encantamento. Seus textos são mágicos e vai mudando na sua relação com o leitor, porque é o leitor que amadurece o fruto que o escritor plantou. A árvore é a da nossa comum humanidade.
E, como ela, as personagens carregam o lirismo, orvalho das manhãs e, em regra, são crianças, ou “a criança que um dia fomos” no dizer de Exupéry, para serem amadas por todas as idades. E, sabiamente, não impede com propósitos ou despropósitos, os seus movimentos. Permitem que brinquem, conversem, pensem: existam. E podem testemunhar a favor dela e de nós. (...)
(...) Maria Dinorah é alguém que defende a dignidade da palavra, ama o livro, busca como nós, um rosto cultural ao País.
É autora dedicada e reconhecida, nacionalmente, a este mister, tão difícil e incompreendido, da literatura infantil e infanto-juvenil.
 (Rio Grande do Sul – SEC, 2002:05)
Tal fala do escritor Carlos Nejar está inserida no volume intitulado Maria Dinorah, da série Autores Gaúchos, publicado pelo IEL – Instituto Estadual do Livro, do Estado do Rio Grande do Sul – em 2002. Nele constam ainda alguns depoimentos marcantes de grandes personalidades da Literatura Brasileira de dentro e de fora do Estado. 
O que gosto mesmo nos livros de Maria Dinorah é sua preocupação em, respeitando a fantasia da criança, aproximá-la do mundo contemporâneo. Assim, suas estórias sempre se situam ou relacionam com este mundo tecnológico, com a cidade grande, com as diferenças entre o campo e a megalópolis, com os valores mais importantes da humanidade, e não se lhe pode negar nem o acerto da preocupação nem a sensibilidade na escolha dos temas.
Antonio Hohlfeldt (Rio Grande do Sul – SEC, 2002:13)
Sobre Maria Dinorah Luz do Prado, o escritor Caio Fernando Abreu afirmou que:
Se eu tivesse um filho, colocaria sem medo nas mãos dele este bonito livro da professora Maria Dinorah.
Confesso que suas histórias me encantam, sobretudo Os dois barquinhos. Há uma grande responsabilidade na literatura infantil, é preciso muito cuidado ao lidar com mentes ainda em formação. Maria Dinorah parece plenamente consciente disso – em suas estórias nunca há um momento de violência, nunca uma má lição ou um mau exemplo para a criança.
Ela ensina o respeito pela natureza, o amor, a humildade – sempre de maneira poética e extremamente digna.
(Rio Grande do Sul – SEC, 2002:05)
Mario Quintana, o poetinha da Rua da Praia, à sua amiga Maria Dinorah declarou:
A gente para inventar uma estória tem de fazer com que seus episódios se sucedam com naturalidade de movimento com que uma criança vira uma cambota. É a liberdade da fantasia, a criação no exercício de seu livre arbítrio.
Portanto, Maria Dinorah, não vou dizer que fiquei preso às suas estórias: pelo contrário, elas me libertaram.
Não é por acaso essa a função da poesia?
(Rio Grande do Sul – SEC, 2002:05)
Erico Verissimo e Carlos Drummond de Andrade também se sentiram seduzidos pela obra de Maria Dinorah:
Teus livros Pinto Verde e O catavento entraram nesta casa e deliciaram não só os meus netos como também este avô, que te manda os parabéns pelo trabalho.
O que estás fazendo pela nossa literatura infantil é muito importante. A linguagem que usas nas tuas narrativas é clara e simples.
O enredo dos contos prende a atenção e mantém acesa a curiosidade do leitor e do ouvinte (conforme a idade).
Espero que sigas nesse caminho sem esmorecimentos, contribuindo para o enriquecimento dum gênero literário que, no Brasil, até hoje se tem alimentado principalmente de traduções. Um abraço.
Erico Verissimo (Rio Grande do Sul – SEC, 2002:14)

O Pinto Verde está aqui ao meu lado, encantando o menino velho que ora lhe agradece o presente.
Que dizer de seu livrinho delicioso, se Mario Quintana já disse tudo, em poucas palavras?
Eu subscrevo, com um abraço amigo para você.
Carlos Drummond de Andrade (Rio Grande do Sul – SEC, 2002:14)
Tania Jamardo Faillace escolhe considerar a interlocução existente na obra de Maria Dinorah entre literatura e pedagogia, enaltecendo-a:
Maria Dinorah, poetisa e professora, não separa da literatura sua vocação didática, que é uma abertura para o mundo de hoje, com seus problemas candentes: poluição, preconceito, intolerância, guerra.
Em estorinhas curtas, humorísticas ou líricas, M.D. (sic) vai apresentando o mundo como ele é, e como deveria ser, com um pouco de esforço.
(Rio Grande do Sul – SEC, 2002:14)
Elogios à parte, Maria Dinorah, como muitos talvez já saibam, sempre foi catalogada como professora-escritora, cujos textos padeciam de um certo sentimentalismo fácil e de uma excessiva vontade de “educar” seu leitor-criança, às custas da criação artística propriamente dita. Mas, mesmo que, apesar do endosso de vários nomes célebres da Literatura Brasileira, “à boca pequena” sempre tenha havido questionamentos quanto à qualidade da obra de Maria Dinorah, historicamente o registro da importância e validade de sua obra é perene não só pela legião de leitores que formou, mas pela grande quantidade de prêmios, títulos e homenagens a ela conferidos. Dentre eles, destacam-se: o Prêmio Guararapes, da União Brasileira de Escritores/SP, pelas obras A fábrica das gaiolas, Solidão e mel, Uma e una; a homenagem (a primeira concedida a uma mulher) da Câmara Rio-Grandense do Livro, por ocasião da XXXV Feira do Livro de Porto Alegre, em 1989; o Prêmio Jorge de Lima, pelo livro Geometria de sombra, em 1992, livro que também rendeu o Prêmio Jabuti no mesmo ano. Enfim, em cinquenta anos de atividade, muitas foram as entidades que concederam prêmios e láureas a Maria Dinorah, tendo destaque, dentre elas, a Associação de Críticos de Arte, a Fundação Nacional Livro Infantil e Juvenil, o Instituto Piaget (Lisboa) e a Feira de Bolonha (Itália).
Em 9 de novembro de 1985, Maria Dinorah teve a alegria e a honra de dar seu nome à pequena biblioteca que existia no Parque Moinhos de Vento em Porto Alegre. Atualmente a Biblioteca Ecológica Infantil Maria Dinorah tem em seu acervo cerca de três mil volumes, disponíveis para consulta local e empréstimo, e promove ações que incentivam a leitura e despertam o interesse de crianças e adolescentes pelas questões sociais e ambientais – quesito em que é pioneira no Brasil.
O espólio relativo à vida literária de Maria Dinorah Luz do Prado foi doado à Biblioteca Central Irmão José Otão, em 2009 e hoje se encontra no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS. Dele faz parte uma variada gama de documentos, como, por exemplo:
·         demonstrativo de pagamento de direito autoral;
·         acordo com editora sobre publicação de livro;
·         solicitação de autorização para uso de texto da autora; recortes de jornal com críticas à sua obra;
·         recortes de jornal com ensaios críticos redigidos por Maria Dinorah;
·         originais manuscritos;
·         originais datiloscritos;
·         textos inéditos;
·         correspondências de outros escritores para Maria Dinorah e de Maria Dinorah para outros escritores.
Atualmente há apenas um projeto de pesquisa vigente envolvendo o Acervo Maria Dinorah Luz do Prado. Trata-se da investigação, justamente, do diálogo entre o percurso pessoal e a obra literária da escritora, a partir de uma leitura hermenêutica com base nos conceitos de mesmidade e ipseidade expostos por Paul Ricoeur em sua obra O si-mesmo como um outro. A intenção da pesquisa é explorar textos de natureza crítica produzidos pela escritora, veiculados em jornais e revistas, registros de sua trajetória e produção acadêmica e artigos que relatem sua vivência pessoal e profissional e seu ativismo cultural, disponíveis em seu acervo e relacioná-los à sua obra ficcional, buscando identificar a interferência do percurso pessoal e profissional de Maria Dinorah sobre a produção da literata.
Enfim, por seu papel na história da literatura sul-rio-grandense, pelo volume de sua produção literária, pelo fato de seus textos terem sido lidos por várias gerações e por sua participação na popularização da literatura infantil no sul do País, é certamente um prazer poder (re)conhecer Maria Dinorah Luz do Prado como uma grande dama da literatura brasileira, através da investigação de seu rico acervo que se encontra disponível também a novos pesquisadores no Delfos, da PUCRS.

PRINCIPAIS OBRAS DA AUTORA

Alvorecer. 1944.
No tempo e na vida [S.l].: Própria, 1952.
Seara de luz. Porto Alegre: Globo, 1963.
Ensinando com poesia: estudos sociais e ciências naturais para o primeiro ano primário. Porto Alegre: Tabajara, 1968
Educando para o trânsito. Porto Alegre. 1971.
Gramaticolândia: com nova ortografia. Porto Alegre, 1972.
Pinto verde e outras estórias. São Paulo: Bels, 1973.
A formiguinha e as festas da escola. Porto Alegre: SEC-SMED, Fin-Hab, 1974.
Catavento e outras histórias. Porto Alegre: Bels, 1974.
O macaco preguiçoso e outras histórias. Porto Alegre: Bels, 1975.
O coelho dim-dim e outras estórias. Porto Alegre: Bels, 1976.
Dedé. Porto Alegre: Bels, 1976.
Frufru. Porto Alegre: Bels, 1977.
A caranguejola do Zeca e outras histórias. São Paulo; Bels, 1977.
A medida do sorriso. São Paulo: Melhoramentos, 1978.
Felpudo e Olho Grande: mais outras histórias para brincar. Porto Alegre: Globo, 1979
Hora nua. Porto Alegre: Movimento, 1980.
O cata-vento. Petrópolis: Vozes, 1980.
Três voltas de ciranda. São Paulo: Melhoramentos, 1980.
Simplesmente Maria. São Paulo: Melhoramentos, 1981.
O galo superdotado. São Paulo: Pioneira, 1982.
O vôo do pássaro e outras histórias. São Paulo: Melhoramentos, 1982.
Quando explodem as estrelas. São Paulo: Do Brasil, 1982.
A gaitinha do seu Zé. São Paulo: Pioneira, 1983.
Solidão e mel. Porto Alegre: Movimento, 1983.
Cantiga de estrela. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984.
Festa no parcão. Porto Alegre: Secretaria Municipal do Meio Ambiente, 1985.
Mata-tira-tirarei. Porto Alegre: L&PM, 1985.
Roda de chimarrão. Porto alegre: Tchê, 1985.
A falta que ela nos faz. São Paulo: Melhoramentos, 1986.
Barco de sucata. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.
Boi boá. São Paulo: Melhoramentos, 1986.
Panela no fogo, barriga vazia. Porto Alegre: L&PM, 1986.
A coragem de crescer. São Paulo: FTD, 1987.
Futebol no céu. Porto Alegre: Tchê, 1987.
O livro na sala de aula: uma alternativa em educação e leitura. Porto Alegre: L&PM, 1987.
Tudinha. Porto Alegre: Tchê, 1987
O ontem do amanhã. São Paulo: Melhoramentos, 1988.
Um peixe muito sabido. Porto Alegre: Tchê, 1988.
A cesta de gatos. Porto Alegre: Ricel, s/d.
Flauta do silêncio. São Paulo: ícone, 1989.
Chapéu de vento. Porto Alegre: Tchê, 1989.
Seu Zé. Porto Alegre: Sulina, 1989.
Tudo pode, nada pode. Porto Alegre: Sulina, 1989.
Coragem de sonhar. São Paulo: Moderna, 1990.
Coração de papel. São Paulo: Moderna, 1990.
Guardados de afeto: repensando a alfabetização. Belo Horizonte: Lê, 1990.
Poesias para datas festivas da escola. Porto Alegre: Tabajara, 1990.
Dom gato.  Belo Horizonte: Miguilim, 1991.
Menino na avenida. São Paulo: Do Brasil, 1991
Iara aruana. São Paulo: Do Brasil, 1991.
Tem que dar certo. São Paulo: Melhoramentos, 1991.
Meu verde mar azul. São Paulo: Moderna, 1992.
O ursinho azul. São Paulo: Moderna, 1992.
O parque. São Paulo: Moderna, 1992.
Pitangas e vaga-lumes. Belo Horizonte: Lê, 1992.
Pra falar de amor. São Paulo: Santuário, 1992.
Ver de ver. São Paulo: FTD, 1992.
Vinte pontos de uma vez. Belo Horizonte: Lê, 1992.
Meu gatinho. Rio de Janeiro: Memórias Futuras, 1993. 
A flautinha do Pirulin. Petrópolis: Vozes, 1993.
Bom-dia, Maria! Petrópolis: Vozes, 1993.
Ecocirandinha. Porto alegre: Mercado Aberto, 1993.
Geometria das sombras. Rio de Janeiro: Instituto Estadual do Livro, 1993.
O poema da flor. Petrópolis: Vozes, 1993.
O território da flor e outras histórias. São Paulo: Melhoramentos, 1993.
Dona raposíssima da silva. São Paulo: Melhoramentos, 1994.
Piá também conta causo. Porto Alegre: Tchê, 1994.
História de fadas e prendas. São Paulo: Ática, 1994.
Dengue-dengue cara de merengue. Porto Alegre: Globo, 1995.
Giroflê, giroflá. Belo Horizonte: Lê, 1995.
O livro infantil e a formação do leitor. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
Que falta ela nos faz. Belo Horizonte: Lê, 1995.
Um pai para Vinícius. São Paulo: FTD, 1995.
Semente mágica. Porto Alegre: EU, 1996.
Verso e reverso. São Paulo: Paulinas, 1996.
História para vovó dormir [S.N.E.] 
O desafio da liberdade. Belo Horizonte: Dimensão, 1997.
Um amor de lagartixa. Caxias do Sul: Maneco, 1997.
Poesia sapeca. Porto Alegre: L&PM, 2002.
Dobrando o silêncio. Porto Alegre: Editora AGE, 1997.
A lagoa encantada. Caixas do Sul: Maneco, 1998.
Os gêmeos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1999.


REFERÊNCIAS
DELFOS. Espaço de Documentação e Memória Cultural. Acervo Maria Dinorah Luz do Prado. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em: < http://www.pucrs.br/delfos/?p=prado. Data de acesso: 10/09/2013.
DINORAH, Maria. Alvorecer. Gravataí: Gráfica Gravataí, 1944.
_____ . No tempo e na vida. Gravataí: Gráfica Gravataí, 1952.
_____ . Seara de luz. Gravataí: Gráfica Gravataí, 1962.
_____. O Trânsito vai à bicholândia Porto Alegre: Bels, 1971.
_____. Educando para o trânsito. Porto Alegre: Secretaria de Segurança Pública, 1971.
_____ . Pinto Verde e outras estórias. 3.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979.
_____. O livro na sala de aula: uma alternativa em educação e leitura. Porto Alegre: L&PM, 1987.
_____ . Chapéu de vento. Porto Alegre: Tchê, 1989.
_____ . Guardados de afeto: repensando a alfabetização. Belo Horizonte: Editora Lê, 1990.
_____. O Livro infantil e a formação do Leitor. Petrópolis: Vozes, 1995
RICOEUR, Paul. O si-mesmo como um outro. Campinas: Papirus, 1991.
RIO GRANDE DO SUL. SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA. Maria Dinorah / Instituto Estadual do Livro. Porto Alegre: IEL – CORAG, 2002. (Autores Gaúchos – Nova Série)




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O Livre


Há o sopro
do sumo da ideia
no andar.

   E o livro
   que é livre,
   começa a voar.

                                                           4.11.83

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Avulso



Nada há que a vida
possa explicar.

                             10.12.83

Dobradinha dos deuses



"Eles, passarão.
Eu, passarinho."
          Mário Quintana

"Eles, passarão.
Eu, passarela"
          Maria Dinorah

                                       s/d